Um blog sobre nada

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Bolsonaro zomba de Jean, da imprensa e da população



Bem, eu não ia falar nada além de comentários verbais a entes próximos, mas vi que já tomou uma proporção grande. Ontem Jean Wyllys anunciou seu auto-exílio alegando ameaças de morte (que ele já vinha recebendo de longa data, se intensificaram após o caso Marielle e ainda mais após as eleições).

Instantes depois do anúncio, nosso presidente publicou em seu Twitter "Grande dia!". NINGUÉM teve dúvidas de que se tratava de uma menção ao caso, já que os dois tiveram suas rusgas na Câmara Federal. Duas horas depois do tweet, o presidente da república, diante da repercussão, intentou desmentir os veículos de imprensa alegando que se referia à viagem a Davos e ao desempenho da Bovespa. Bem, vamos aos fatos.

Em NENHUM dia da viagem Jair comemorou as ações diplomáticas do dia (ou comentou sobre a Bolsa). Seu tweet com os dizeres "Grande dia" foi às 16h16 de ontem, enquanto que a publicação de Jean no Facebook anunciando sua decisão foi por volta de 16h10 do mesmo dia. Seria muita coincidência, não? Além disso, Jair alegou comemorar o desempenho da Bovespa no dia cerca de 2 horas ANTES do encerramento das negociações, eu diria que um tanto precipitado. Se quiserem conferir, deixei os prints nessa publicação (a publicação de Jean Wyllys foi printada às 9h10 de hoje, por isso o cálculo aproximado da hora do post).

Você pode acreditar na desmentida, de quiser. Ou pode se atentar para um outro fato: essa é mais uma das muitas desmentidas que o presidente insiste fazer às publicações da imprensa. tudo que não o agrada, por mais lógico e ou verdadeiro que seja, é taxado de "fake news". Descredibilizar a imprensa sem sustentação para isso é muito grave e perigoso. Nem conto pára vocês quem fez ou costuma fazer esse tipo de coisa.

Não que eu tenha um grande alcance, mas a minha parte eu tento fazer da melhor forma. Lá fora chamam isso que Jair fez (e faz, juntamente com familiares e aliados) de "firehose of falsehood", sugiro que pesquisem sobre. Como diria o próprio Jair, João 8:32: "E conhecereis verdade, e a verdade vos libertará.

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Print tirado às 9h10 do dia 25/01/2019, logo, o horário aproximado da publicação seria 16h10 do dia 24/01/2019

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Tweet do presidente às 16h16 do dia 24/01/2019


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Jair destaca que a mensagem anterior se referia à Bolsa

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Bolsa encerra atividades após as 18h, cerca de 2 horas após o horário do primeiro tweet destacado

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Bloqueio do WhatsApp e o Marco Civil



Aconteceu de novo: a justiça brasileira bloqueou o WhatsApp, dessa vez por 72 fucking horas. O bloqueio veio por meio da decisão de um juiz de Sergipe, embasada no Marco Civil da Internet. Falando por mim, a revolta não é pelo bloqueio do app em si (posso viver sem, e acho até que o SMS cumpre bem o serviço), mas sim pelo tamanho do absurdo que é bloqueá-lo. Qual a justificativa? Qual o objetivo? Se a causa foi o descumprimento de uma "ordem judicial", que se puna a empresa, não seus usuários.


Sejamos racionais, o WhatsApp vai continuar recebendo de seus usuários (pq é um aplicativo PAGO) e não vai ter que fornecer serviço. Bela punição, não é? Além disso, muitas pessoas usam o aplicativo para diversos fins ECONÔMICOS, o que com certeza gerará perdas. Claro que, interessados, esses usuários procurarão outros meios, mas a praticidade e universalidade do app contribui para a agilidade de sua prestação de serviços (ou seja lá o que for) e consequentes ganhos. 

Muitos estão dizendo "poderiam haver revoltas sobre coisas mais profundas". Cara, isso é uma demonstração do que ainda pode ser feito. Quem me conhece sabe como sou cético quanto ao discurso daqueles que pregam a censura e limitação/usurpação das nossas liberdades por parte das instâncias governamentais, mas esse é um episódio que ilustra isso, infelizmente. E já é a segunda vez que isso acontece. Pode parecer bobo, banal, mas se ficarmos simplesmente assistindo, fatalmente a coisa evoluirá, até para fora do mundo virtual.

Há quem diga que o mesmo Marco Civil da Internet que legitimou esse bloqueio define a ilegalidade da limitação da banda larga fixa, o que é outra discussão. Quanto a isso eu tenho que me informar mais, mas acredito que existem outras leis que garantem esse ilegalidade (e com certeza sem tamanho ônus). O fato é que essa lei, criada para nos "proteger", nos trouxe apenas estorvos até aqui. Quando virá a proteção? E há pessoas que consideram isso proteção! "O juiz quer apenas forçar o WhatsApp a cooperar com investigações de narcotráfico". Meus caros, o juiz quer que o aplicativo ceda dados que ele NÃO TEM, uma vez que sua política de privacidade não defende o arquivamento de conversas. Depois do episódio de dezembro de 2015, isso me parece mais um anseio por 15 minutos de fama (como fora o caso anterior).

Poderia me estender por mais linhas, mas, em resumo, isso basta. Trata-se de uma decisão impensada, imbecil e fundamentada numa lei altamente questionável que, embora seus defensores dizem que é para nossa proteção, cerceia nossas liberdades, ainda que virtuais.


segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Dói



Dói. Dói saber que a economia foi levada  sem direção definida nos últimos 4 anos, guiada pelo vento e pelas marés do mercado, sem saber que política adotar para conter a inflação e garantir o crescimento do país. Dói saber que mesmo os dados apontado os sucessivos erros da política econômica, milhões de eleitores optaram por se apegar a um líder que garante que a economia vai bem.

Dói. Dói saber que o governo se apoia em truques e maquiagens contábeis para testificar suas medidas. Dói saber que a aclamada baixa taxa de desemprego muito se deve à pessoas que não entram na estatística simplesmente por não procurar emprego. Dói saber que muitos se recusam a ver. Dói saber que o pior cego é o que não quer ver.

Dói. Dói saber que há pessoas que acreditam que a esquerda ganhou. Dói saber que mesmo muitos daqueles que não caíram no conto de um partido que se diz de esquerda tem uma visão política muito infantil. Dói saber que muita gente instruída se apegou às "oportunidades" geradas por esse governo para definir seu voto. Dói saber saber que o populismo ainda tem muita força.

Dói. Dói saber que tivemos uma eleição de tão baixo nível de debate. Dói saber que diante de uma disputa tão acirrada e importante, mais de 30 milhões de brasileiros (37 milhões, se contarmos brancos e nulos) referiram deixar seu destino e o do país nas mãos de outros. Dói saber que o medo de perder os benefício governamentais foi determinante.

Dói. Dói saber que a democracia brasileira ainda é uma criança inocente, talvez um adolescente. Dói saber que muita gente não gosta (e ou tem preguiça) de saber de política. Dói saber que que há muitas pessoas que não gostam de votar. Dói saber. Dói. Crescer dói.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Aécio pode ser vítima da própria estratégia



Olá pessoal, depois de muito tempo, estou de volta e mais uma vez o assunto é política. Nesse domingo tivemos o 1º turno do pleito de 2014. Ficou definido que, para o cargo de presidente, teremos 2º turno entre os candidatos Aécio Neves (PSDB), que obteve 33,55% dos votos válidos (um total de 34.897.211 votos), e Dilma Rousseff (PT), que ficou com 41,59% (43.267.668 votos).

Não é novidade para ninguém (ou não deveria ser) que Marina Silva (PSB) entrou na disputa acidentalmente, após a morte de Eduardo Campos. Talvez pela comoção, aliada ao número de eleitores que migraram para a ex-senadora, as pesquisas no início da campanha apontavam Marina como um fenômeno, chegando por vezes a um empate técnico com Dilma Rousseff, até então líder isolada.

Aécio e sua equipe não estavam prontos para esse fenômeno, e por semanas viram Marina surfar na sua desorientação e ganhar espaço na disputa. Então a direção de campanha do PSDB decidiu abandonar, por ora, a estratégia traçada inicialmente, de críticas à atual administração, para voltar seus ataques à Marina, inclusive relacionando a sua figura ao PT. Essa estratégia rendeu aos tucanos a virada que eles esperavam para levá-los ao 2º turno, porém pode ser decisiva para a derrota no próximo dia 26 de outubro.

Aécio conseguirá reinventar sua estratégia mais uma vez?

Marina Silva saiu da disputa com 21,32% dos votos válidos (em números absolutos, 22.176.619 votos), e a migração dos seus eleitores será um fator determinante, como foi em 2010, na definição do próximo presidente da república. A estratégia adotada por Aécio para chegar ao 2º turno pode atrapalhar a migração dos votos de Marina para sua candidatura, apesar da sinalização da candidata do PSB favorável a um apoio ao tucano. Querendo ou não, boa parte do eleitorado brasileiro fica com "dor-de-cotovelo" quando seu candidato é atacado por outro e acaba adquirindo uma aversão por aquele que atacou.

Os "marineiros" vão migrar o suficiente para a vitória tucana? Essa é a questão. Além da possibilidade de aversão, a associação que Aécio fez entre Marina com o governo do PT pode levar boa parte dos "marineiros" a, de fato, se identificarem com a candidatura petista no 2º turno. Aécio terá que reinventar (mais uma vez) sua estratégia se quiser impedir que isso aconteça, inclusive se tiver o apoio oficial por parte de Marina Silva.

Posso estar falando bobagem, mas acredito que se Dilma ganhar esse pleito, muito terá a agradecer à estratégia de Aécio. Sobre o governo, penso que Serra estava certo quando disse que Dilma não daria conta em 2010. Agora em 2014, Aécio e outros candidatos estão certos quando dizem que esse governo fracassou. Como em 2010, minha migração será de Marina para 45, resta saber se dessa vez o resultado será diferente do que foi 4 anos atrás.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Votar nulo ou não, eis a questão



A moda agora é dizer que vai votar nulo nas próximas eleições. Você já deve ter ouvido "nenhum daqueles políticos merece/vai ganhar meu voto"  e também "se mais da metade dos votos forem nulos/brancos, serão convocadas novas eleições com novos candidatos", e por aí vai. Bom, os políticos podem até não merecer o seu voto, mas a segunda premissa não faz muito sentido. Calma, eu explico.

Se liga, cabeção!
Muitas pessoas pensam que vão causar uma revolução apenas por votar nulo (e fazer campanha para ele). Também há aqueles que acreditam que isso é um sinal de protesto, um recado para a classe política, e aqueles que não votam nulo em hipótese alguma porque tem a certeza de que o voto nulo vai para quem está ganhando. É para esclarecer um pouco essa questão que me senti no dever de escrever esse texto (já que o blog - e o país - anda tão politizado).

Primeiramente, seu voto não vai pra quem está ganhando, nem se for branco, nem se for nulo. Ele apenas não é considerado voto válido (lembra o que eu falei da segunda premissa?). Em uma eleição para cargo executivo, o candidato é eleito com 50% + 1 dos votos VÁLIDOS, ou seja, se você votar nulo/branco, vai ajudar aquele que está na frente indiretamente (repito, seu voto NÃO VAI PRA QUEM ESTÁ GANHANDO).

No caso de um cargo legislativo, além de não ser contado como voto válido, o voto branco/nulo contribui para um quociente eleitoral menor (http://www.tse.jus.br/eleitor/glossario/termos/quociente-eleitoral) e consequentemente para um quociente partidário maior (http://www.tse.jus.br/eleitor/glossario/termos/quociente-partidario). Ou seja, anulando seu voto você estará facilitando a vida daqueles partidos que usam figuras folclóricas (como o Tiririca) na eleição. Com isso, esses partidos podem receber muitos votos e arrastar mais candidatos seus ao parlamento, mesmo que estes não tenham alcançado um número suficiente de votos pra isso.

Portanto, se você quer votar pra ficar de consciência limpa, nulo/branco definitivamente não é o caminho. Vote direito. Pesquise bem, busque conhecer o máximo de informações sobre aqueles que você acha que podem ser seus candidatos. Mesmo porque, depois você saberá exatamente de quem cobrar e como cobrar.

Se pensa que votar nulo/branco é demonstração de insatisfação/revolução/ protesto, ou mesmo pra deixar a consciência limpa, pense duas vezes. É melhor votar num candidato com pouca ou nenhuma expressão, que muito dificilmente conquistará algum cargo, do que anular seu voto. Votando nulo você pode fazer uma c*agada igual ou pior que muita gente...

>> UPDATE

Pro caso de ainda haver dúvidas, esse vídeo explica de maneira prática os efeitos de se votar nulo ou branco:


terça-feira, 25 de junho de 2013

#OGiganteAcordou



Segue abaixo um ótimo texto de Mayara Cristine:

Será mesmo?

 O BRASIL ACORDOU? PIADA PRONTA DO SÉCULO!

Nos últimos dias, as notícias sobre os protestos que estão acontecendo por todo o país, tomaram conta das manchetes dos jornais, e são a pauta principal de muitos debates acalorados. As opiniões são diversas, e às vezes assustadoras. A massa que agora é a favor das manifestações, joga aos ventos reivindicações e ideias. O Brasil acordou dizem eles... Mas, será mesmo?

Se você realmente acredita nisso, não conhece a história do próprio país ou finge não conhecer. Quem se lembra da invasão dos indígenas ao Plenário? Você já ouviu falar em Inconfidência Mineira? Guerra dos Canudos lhe é familiar? E a Farroupilha (ou Guerra dos Farrapos)? Muitos mal sabem que a nossa “pátria amada Brasil” já viveu uma ditadura militar...

As minorias gritam em meio a surdos há anos, então não venha dizer que o Brasil acordou agora! Se você só parou pra ouvir hoje, não desvirtue a luta de quem nunca saiu das ruas! Acredite, repertório cultural não faz mal a ninguém. Avisem o “Gigante” que não adianta acordar, mas dormir nas aulas de história.

“Um povo que não conhece a sua história está fadado a repeti-la” - George Santayana.

HISTÓRIA? POLÍTICA? EU HEIN, SÓ QUERO PROTESTAR!

Toda manifestação é válida, ainda mais depois de tanto tempo de total inércia da massa. Mas, o que me preocupa são os rumos que os protestos estão tomando. Entendo o entusiasmo, eu mesma ainda mal acredito que as pessoas realmente saíram de sua zona de conforto, mas caminhar sem um foco, não nos leva a lugar nenhum. Um contexto é de extrema importância. As ruas foram tomadas por gente do “não gosto de política, não quero me meter nessas coisas, só quero viver minha vida, ler meus livros e assistir meus seriados pseudointelectuais num país sem corrupção”. Esse é SIM um movimento politizado. Pra entender, e participar de maneira ativa e inteligente disso você precisa SIM ser uma pessoa politizada. Se você não entende nada de política e nem tem interesse em fazê-lo como pode fazer reivindicações concretas? Falta senso crítico, falta informação, e infelizmente, falta um real interesse em mudança.

A maioria espalha informações sem antes averiguar sua autenticidade e toma como verdade qualquer opinião que lhe é apresentada. Isso é perigoso, é muito perigoso. As pessoas falam em “paz” e o “fim da corrupção” e outras palavras vazias e aleatórias. Se você tem um pouco de perspectiva histórica, sabe muito bem onde essa combinação pode nos levar...

RESOLVER O PROBLEMA DÁ MUITO TRABALHO, VAMOS ARRUMAR UM BODE EXPIATÓRIO.

Você tem três chances pra adivinhar de quem estou falando...

Vocês realmente acreditam que o impeachment da Dilma resolveria todos os problemas do Brasil? Acham mesmo? E então, quem assumiria? O Joaquim Barbosa? Mas, me diz o que você sabe sobre a Dilma, ou sobre o Joaquim Barbosa além do que é dito na TV e espalhado no facebook? Alias você sabe o que faz um presidente? E um deputado? Um governador? Um prefeito? Não? Tem certeza que o problema do Brasil é o PT, ou a Dilma, ou um [insira aqui sua desculpa pra voltar a ser acomodado]?

O problema do Brasil é cultural. E a cultura, se forma dentro de cada um de nós. Ela se expande graças a cada um de nós. Nosso maior problema, é justamente o que pode se tornar nossa ‘’maior solução’’. Mas, não se transforma uma cultura de um dia pra outro... A revolução tem de ser diária e progressiva... O sistema é maior que todos nós. E pra vencermos a ele, precisamos de perspicácia! E nosso primeiro ato perspicaz é perceber que a luta não é contra ‘X’ partido ou ‘Y’pessoa, e sim contra todo o sistema que nos oprime diariamente...

O GIGANTE ACORDOU, MAS FOI TOMAR CAFÉ ASSISTINDO REDE GLOBO

Ir as ruas é um ato político. Se alguém está dizendo, ou agindo de forma contrária a isso, tome cuidado. Vivemos na ‘Era da Informação’, onde nosso acesso a diversas idéias é fácil, e isso pode nos auxiliar e muito na formação de uma opinião. Mas o senso crítico, é mais do que importante. É crucial. Não devemos aceitar como verdade qualquer opinião – seja ela de quem for – antes de pensar a respeito. Não importa o quão bem ela foi elaborada, ou quão influente na sua vida o propagador dessa idéia for, uma analise crítica é extremamente necessária para que não nos tornemos um poço de informação vazio e alienado. Pesquise, leia e leia mais! Critique, debata, converse. Conheça todos os lados antes de formar uma opinião. Procure informações em todos os meios possíveis, não tome como verdade informação nenhuma antes de uma análise crítica. Nem esse texto que lhes escrevo agora [odeie esse texto, me mande tomar no cu, mas não aceite nada sem pensar]. Não sejamos gado, não sejamos ovelhas que seguem seu pastor sem se questionar. Faça valer sua capacidade de raciocinar! Não se deixe influenciar sem uma reflexão prévia! Discorde! Grite! Revolte- se! É disso que precisamos, é disso que o Brasil precisa. De um povo que pense com sua própria cabeça! De um povo que seja cabeça (consciente) de suas próprias decisões!

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Esclarecimento sobre a "Cura Gay" (PDL 234/11)




Estou vendo muito gente fazer piadinhas e crucificando MarcoS (apesar de seu nome ser Marco, sem s) Feliciano acerca da chamada "cura gay". Resolvi então falar rapidamente sobre alguns fatos e mitos sobre o assunto.

O projeto não tem nada disso. Não é só o Ronaldo que fala m...

Bom, primeiramente, "cura gay" é um apelido maliciosamente dado ao projeto de decreto legislativo (PDL) nº 234 de 2011 (isso mesmo, 2011) que, em trecho nenhum de texto, regulamenta ou sugere qualquer coisa parecida com cura de uma "doença homossexual".

Outro fato importante a se destacar é que o presidente da (desimportante e, até pouco tempo, desconhecida) CDHM, Marco Feliciano, não é o autor do projeto e sequer votou (contra ou favor) na mesma. O Deputado Federal João Campos (PSDB-GO), no qual eu votei na eleição federal passada, é o autor do projeto, que, como é citado ao final do texto, foi inspirado numa proposta semelhante do ex-deputado Paes de Lira (PTC-SP). Proposta essa que foi arquivada após o fim da legislatura anterior.

Vale a pena ressaltar que não se trata de uma lei, é um ato de suspensão de dois artigos (até que estes sejam devidamente analisados em âmbito judiciário) de uma resolução do Conselho Federal de Psicologia que extrapolam SIM as funções do órgão.

Não vou me prolongar para não ser cansativo. Se você quer saber REALMENTE do que se trata e o que propõe o PDL 234/11, sinta-se livre para baixá-lo: http://abre.ai/pdl234-11 (fonte: site da Câmara dos Deputados). São apenas 6 páginas, nada que vai tomar muito o seu tempo. Você pode até discordar da interpretação da resolução do CFP, mas certamente concordará com a legitimidade da proposta.

Mais uma vez eu concluo dizendo: busquem INFORMAÇÃO! Mas nas fontes corretas, confiáveis. Não se baseie em tiras de facebook ou em matérias de curtas linhas/poucos minutos de jornais. Duvide até do que ler neste blog, procure sempre outras referências e outros pontos de vista para construir a sua própria opinião.